Milly Lacombe: Cazé TV supera GE TV na NFL e acirra disputa na TV esportiva
out, 15 2025
Quando Milly Lacombe, jornalista esportiva da UOL Esporte publicou, na terça‑feira, 8 de setembro de 2025, um artigo de opinião, ela trouxe à tona um duelo que vem dominando as conversas nos bastidores da TV esportiva: Cazé TV contra GE TV. O confronto ganhou destaque durante a partida da primeira rodada da NFL entre Los Angeles Chargers e Kansas City Chiefs, onde a diferença de audiência foi impressionante.
Contexto da competição entre plataformas
Desde o lançamento do canal no YouTube da GE TV em julho de 2025, a emissora tradicional buscava recuperar espaço que vinha sendo “roubado” pela energia do Cazé TV. O slogan da GE, “mamãe tá on”, tenta transmitir autoridade de um conglomerado de mídia com “força de titã”. Mas, como aponta Lacombe, poder financeiro não garante a atenção da geração mais conectada.
Dados de audiência da partida NFL
- Total de visualizações: Cazé TV registrou 9,4 milhões; GE TV ficou em 1,35 milhão.
- pico simultâneo: 430 mil espectadores em Cazé TV contra 170 mil em GE TV.
- Tempo médio de permanência: 12 minutos em Cazé TV, 7 minutos em GE TV.
Esses números foram divulgados pelo site Marketing Esportivo na manhã de 8 de setembro, corroborando a percepção de que a plateia jovem prefere formatos mais autênticos e menos roteirizados.
Análise de Lacombe e de Alicia Klein
"A gente ama um esporte que nos odeia", disse Lacombe ao encerrar seu texto, refletindo o desgaste que sente ao cobrir um universo marcado por machismo institucionalizado. Em seu programa "Jogou Onde", ao lado de Alicia Klein, ela explicou que a geração Millennial e a Z valorizam naturalidade, espontaneidade e autenticidade, atributos que o canal de Casimiro Miguel (popularmente conhecido como “Cazé”) entrega ao vivo, sem cortes.
Klein acrescentou: "Não estamos falando de haters, mas de empregadores que institucionalizaram a misoginia. Hoje, os jovens homens demonstram níveis de machismo ainda maiores que a geração de seus pais". Essa afirmação ganhou eco entre profissionais de mídia que temem que a pressão por "conteúdo rápido" acabe alimentando discursos agressivos.
Reação das plataformas e o embate de poder
A GE TV, representada por seu diretor de conteúdo, ainda não comentou publicamente os números, mas fontes internas afirmam que a estratégia inclui acordos de exclusividade com ligas europeias para compensar a perda de público na NFL. Enquanto isso, Cazé TV intensificou a produção de streams interativos, permitindo que os espectadores enviem perguntas em tempo real, prática que tem aumentado o engajamento em torno de jogos de futebol e, agora, de futebol americano.
Polêmica e exclusão da Feira Literária de Mogi (FLIM)
O clima tenso não ficou restrito ao universo esportivo. Em setembro de 2025, Lacombe viu sua participação na Feira Literária de Mogi (FLIM) cancelada. O motivo: um vídeo de Thomaz Henrique, vereador do PL, que criticou a jornalista e pediu que a organização da feira, a AFAC, a “excluísse por causa de suas posições familiares”.
No dia 12 de setembro, o prefeito Anderson Farias ligou para Vicentina Aranha, diretora da AFAC, e para o diretor‑executivo Aldo Zonzini Jr., decidindo “não trazê‑la” ao evento. A justificativa foi que Lacombe teria "pensamento contrário à família". Em solidariedade, o escritor Xico Sá retirou sua participação da FLIM, gerando novas discussões sobre liberdade de expressão nos espaços públicos.
Impacto no jornalismo esportivo brasileiro
O caso Lacombe evidencia duas frentes: a disputa tecnológica entre canais de transmissão e a batalha cultural sobre quem tem o direito de falar de esportes. A baixa aceitação de GE TV entre jovens indica que o modelo tradicional ainda precisa se reinventar, talvez adotando a informalidade que faz sucesso em Cazé TV. Por outro lado, a censura na FLIM levanta dúvidas sobre a tolerância ao discurso crítico dentro de instituições públicas.
Próximos passos e o que observar
- Se GE TV fechará novos acordos de licenciamento com ligas europeias nos próximos meses.
- Monitoramento do crescimento de Cazé TV nos esportes não‑nacionais, como a NBA e a MLB.
- Possíveis ações judiciais de Lacombe contra a exclusão da FLIM, que podem criar precedentes para jornalistas.
- Reações de outros veículos de comunicação que podem apoiar ou condenar a postura da prefeitura de Mogi.
Perguntas Frequentes
Como os números de audiência da NFL refletem a preferência do público jovem?
A diferença de visualizações – 9,4 milhões em Cazé TV contra 1,35 milhão em GE TV – mostra que os jovens priorizam plataformas que oferecem interação ao vivo, linguagem descontraída e pouca edição. Essa preferência tem sido confirmada por outras métricas, como o tempo médio de permanência mais longo em Cazé TV.
Qual foi a motivação da exclusão de Milly Lacombe da FLIM?
A decisão, tomada pelo prefeito Anderson Farias e divulgada pelos vereadores Thomaz Henrique e Zé Luís, foi justificada como defesa dos valores familiares. Na prática, a medida parece responder a críticas ao posicionamento de Lacombe sobre misoginia no esporte.
O que especialistas dizem sobre o futuro da transmissão esportiva no Brasil?
Analistas de mídia apontam que a disputa entre gigantes como GE TV e criadores independentes como Cazé TV marcará o caminho. Estratégias híbridas – combinações de direitos exclusivos e produção de conteúdo digital espontâneo – são vistas como a solução mais viável.
Qual o impacto da polêmica na carreira de Lacombe?
A exposição provocada pela disputa de audiência e pela exclusão da FLIM aumentou a visibilidade de Lacombe, mas também trouxe desafios: possíveis processos judiciais, pressão de patrocinadores e a necessidade de equilibrar críticas ao machismo sem ser silenciada.
Leandro Augusto
outubro 15, 2025 AT 01:33É evidente que a GE TV está presa ao passado, incapaz de compreender as dinâmicas de consumo da geração Z. Enquanto o Cazé TV domina com interatividade, a GE TV persiste em formatos antiquados, como se ainda acreditasse que o público se contenta com transmissões monótonas. Esse atraso institucional justifica a diferença gritante de audiência apresentada no último jogo da NFL. A falta de inovação não é apenas negligência, é puro desdém com o espectador moderno. Se a GE TV não repensar sua estratégia imediatamente, continuará enterrada sob o peso da própria obsolescência.
Jémima PRUDENT-ARNAUD
outubro 20, 2025 AT 20:26Os números não mentem: 9,4 milhões contra 1,35 milhão refletem uma batalha de paradigmas, não apenas de produção. A GE TV tenta compensar com acordos europeus, mas esquece que o mercado brasileiro valoriza autenticidade, algo que o Cazé TV entrega em tempo real. O discurso de “mamãe tá on” só serve para mascarar a incapacidade de gerar engajamento genuíno. Quem controla a narrativa hoje é quem fala a língua do jovem, e nesse sentido, a GE TV está completamente fora de sintonia.
Isa Santos
outubro 26, 2025 AT 15:19vc viu q o cara fala q a GE vai trocar, mas na real n tem nada de novo, so promessa, e o povo já cansou das promessas q não vem. o Cazé já entrega tudo ao vivo, sem filtro, e isso faz a galera ficar colada.
Jéssica Nunes
novembro 1, 2025 AT 10:13Não podemos ignorar que a exclusão de Lacombe da FLIM tem raízes mais profundas do que simples divergências ideológicas. Há indícios de que setores poderosos da mídia estejam orquestrando um bloqueio coordenado contra vozes críticas ao establishment esportivo. A pressão exercida por autoridades locais, combinada com interesses corporativos da GE TV, revela uma aliança obscura destinada a silenciar o debate. Essa estratégia de intimidação não é novidade; basta analisar os episódios anteriores de censura seletiva no cenário cultural brasileiro.
Willian José Dias
novembro 7, 2025 AT 05:06É notório, por conseguinte, que o Cazé TV vem se consolidando como referência, sobretudo por sua capacidade de integrar, de forma fluida, interatividade ao vivo, linguagem coloquial, e um ambiente comunitário que reverbera positivamente entre os espectadores; ao passo que a GE TV, ainda que possua recursos financeiros robustos, permanece ancorada em formatos rígidos e pouco atrativos; tal discrepância evidencia claramente a urgência de uma reestruturação estratégica, caso a GE almeje resgatar sua relevância no panorama digital contemporâneo.
Elisson Almeida
novembro 12, 2025 AT 23:59Concordo com a análise anterior; no entanto, do ponto de vista de métricas de engajamento, o Cazé TV demonstra superioridade de KPI’s como Dwell Time, CTR e UGC rates. A GE TV ainda opera com um modelo de broadcast tradicional, o que limita seu CAC e eleva o churn rate. Uma migração híbrida, combinando OTT com production pipelines mais ágeis, poderia mitigar essa lacuna.
Flávia Teixeira
novembro 18, 2025 AT 18:53Gente, isso é o que a gente precisava ver! 🎉 O Cazé TV tá arrasando e mostra como a proximidade com o público faz diferença! 🙌 Continuem assim, porque a energia é contagiante! 😄
Gabriela Lima
novembro 24, 2025 AT 13:46Ao observar o panorama atual da transmissão esportiva no Brasil, somos compelidos a reconhecer a profundidade de uma crise cultural que transcende meras métricas de audiência. A supremacia da GE TV, sustentada por décadas de poder institucional, está sendo desafiada por um novo paradigma que privilegia a autenticidade sobre a pomposidade institucional. Quando Cazé TV atrai, em uma única partida da NFL, nove milhões e quatrocentos mil espectadores, enquanto a GE TV mal supera o patamar de um milhão e trezentos e cinquenta mil, o sinal imperativo se torna claro: a população jovem rejeita o artificialismo. Este fenômeno não é acidental; ele reflete a insatisfação de uma geração que anseia por conteúdos descompromissados, que valorizam o diálogo direto e que repudiam a censura velada. A exclusão de Milly Lacombe da Feira Literária de Mogi, sob pretexto de defesa dos valores familiares, constitui um grave atentado à liberdade de expressão e revela a natureza autoritária de certas instituições. Tal ato, perpetrado com a conivência de autoridades locais, demonstra que a luta não se limita ao campo da transmissão esportiva, mas se estende à esfera cívica. Não podemos, portanto, permanecer indiferentes diante de uma estratégia de silenciamento que visa preservar um status quo antiquado. A responsabilidade recai sobre os consumidores, que, ao escolherem plataformas como Cazé TV, exercem seu voto de confiança em um modelo participativo e transparente. Paralelamente, cabe às organizações de mídia tradicionais, como a GE TV, reconhecer que a persistência no modelo monolítico é insustentável e que a adoção de práticas interativas torna‑se imperativa. Somente mediante a incorporação de estratégias que favoreçam a participação efetiva do público, como chats ao vivo, enquetes e produção de conteúdo em tempo real, a GE TV poderá reconquistar relevância. Ademais, é essencial que os órgãos reguladores garantam um ambiente de competição leal, coibindo práticas de exclusão que visam limitar a pluralidade de vozes. Por fim, é mister sublinhar que a defesa da integridade jornalística, representada por profissionais como Lacombe, deve ser encarada como um pilar fundamental da democracia. Assim, ao celebrarmos o sucesso do Cazé TV, celebramos também a vitória do pluralismo, da criatividade e da liberdade de imprensa.
Thais Santos
novembro 30, 2025 AT 08:39Realmente, a maneira como o Cazé TV envolve o público cria uma sensação de comunidade que vai muito além da simples transmissão de jogos; é quase como se cada espectador se tornasse parte de um diálogo contínuo sobre esporte e cultura.