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Laver Cup 2025 em San Francisco: João Fonseca e Flavio Cobolli listados, mas duelo direto é improvável

Laver Cup 2025 em San Francisco: João Fonseca e Flavio Cobolli listados, mas duelo direto é improvável set, 20 2025

João Fonseca e Flavio Cobolli na Laver Cup: o que esperar do evento em San Francisco

João Fonseca e Flavio Cobolli estão associados à edição de 2025 da Laver Cup 2025, marcada para 19 a 21 de setembro no Chase Center, em San Francisco. A informação chama atenção porque, pelo formato do torneio, que coloca a Europa contra o Resto do Mundo, um confronto direto entre os dois não se encaixa no regulamento. Ou seja: se os dois estiverem no mesmo lado, não se enfrentam em jogo oficial.

O torneio é um show à parte: quadra preta, iluminação de arena, capitães de peso e clima de time, algo raro no circuito do tênis. As escalações e as partidas do dia são sempre definidas na noite anterior pelos capitães, o que mantém o suspense até a última hora. Em 2025, a disputa acontece na casa do Golden State Warriors, um ginásio que costuma receber mais de 18 mil pessoas e que será transformado para o layout de tênis.

Para Fonseca, a participação representa um passo natural na transição do júnior para o profissional. O brasileiro, conhecido pelo forehand pesado e pela energia em quadra, combina com o ambiente da Laver, que incentiva a intensidade e a comunicação entre os jogadores no banco. Treinar ao lado de veteranos, receber dicas em tempo real e jogar sob pressão em sessões lotadas tende a acelerar sua curva de aprendizado.

Flavio Cobolli, italiano de jogo agressivo na linha de base e backhand firme, também chega com perfil de estreia: jovem, competitivo e em evolução no circuito. Palcos como a Laver servem para testar a cabeça e o repertório tático em situações curtas, onde cada ponto vale muito. Para atletas desse perfil, o torneio funciona como vitrine e laboratório ao mesmo tempo.

Vale lembrar: a Laver não é um Masters 1000 nem um Slam, mas tem um peso simbólico grande. Os capitães — tradicionalmente Björn Borg (Time Europa) e John McEnroe (Time Mundo) — apostam em combinações de duplas e em cruzamentos de estilos para arrancar pontos nos momentos certos. A dinâmica de time, com colegas gritando instruções e comemorando a cada ponto, costuma empurrar estreantes além da zona de conforto.

San Francisco também entra em cena. A cidade recebe um fluxo massivo de fãs, com sessões diurna e noturna em três dias de evento. O ginásio fechado favorece a acústica, e a quadra preta, marca registrada da Laver, deixa a bola “acender” sob os holofotes. No calendário, a data cai bem no fim do verão do Hemisfério Norte, com clima ameno e boa janela para público e mídia.

No papel, um eventual “Fonseca x Cobolli” só aconteceria em treino, bate-bola promocional ou atividade extra, já que companheiros de um mesmo time não se enfrentam. De resto, a presença de ambos abre a porta para partidas de simples ou duplas, dependendo da estratégia dos capitães e da forma física no fim de temporada. O normal é que novatos ganhem minutos primeiro em duplas, onde a pressão é compartilhada e a leitura tática é ainda mais valiosa.

Formato, regras e o que já está definido

Formato, regras e o que já está definido

O formato é simples e tenso. São três dias de jogos: sexta, sábado e domingo. A cada dia, a pontuação de cada vitória sobe — 1 ponto na sexta, 2 no sábado e 3 no domingo. Vence o time que chegar a 13 pontos. Na prática, são 12 partidas programadas (nove de simples e três de duplas). Se houver empate em 12 a 12, um jogo extra de duplas, decidido em super tie-break, fecha a conta.

Os times têm seis jogadores. Escalações de quem joga simples e quem joga duplas são divulgadas somente na noite anterior, o que dá espaço para leitura de momento, ajustes físicos e surpresas táticas. Outra diferença em relação ao circuito: coaching é liberado. Capitães e colegas falam durante as trocas de lado, o que mexe com a cabeça do adversário e muda a forma de encarar pontos importantes.

O que já se sabe: o palco é o Chase Center, em San Francisco, de 19 a 21 de setembro de 2025. O que ainda não se sabe: a lista final e fechada de convocados, as combinações de duplas e os cruzamentos de simples de cada dia. As formações podem mudar até perto do evento, e é comum aparecerem atualizações conforme a temporada anda, lesões acontecem e o ranking se mexe.

Para quem planeja assistir, a melhor aposta é acompanhar os anúncios diários de escalação e ficar de olho nos treinos abertos e nas primeiras sessões, quando estreantes costumam ganhar quilometragem. A Laver é curta, intensa e pensada para drama: cada decisão dos capitães pesa no placar, e cada set perdido pode virar um buraco no domingo, quando as vitórias valem três pontos. É aí que jovens como Fonseca e Cobolli têm chance de mostrar que estão prontos para jogos grandes.