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Gabigol e Matheus Pereira disputam protagonismo no ataque do Cruzeiro

Gabigol e Matheus Pereira disputam protagonismo no ataque do Cruzeiro ago, 4 2025

Disputa acirrada por espaço no ataque do Cruzeiro

Quando o assunto é ataque, o Cruzeiro vive uma situação rara no futebol brasileiro: o clube tem dois jogadores de peso para uma mesma faixa de campo. De um lado, Gabriel Barbosa, o Gabigol, artilheiro velho conhecido da torcida nacional. Do outro, Matheus Pereira, que chegou calado e foi crescendo feito fermento no elenco. Cada um tem suas armas e, por isso, a dúvida fica: quem merece ser protagonista?

Gabigol, apesar de não estar em sua fase mais explosiva, faz o que sabe melhor: balançar as redes. Em 14 jogos, marcou 4 gols, muitos deles salvando Cruzeiro de tropeços. Tem presença física, aparece bem entre zagueiros e não vacila dentro da área. Já Matheus Pereira, com 28 anos, virou peça fundamental do meio pra frente – não é só por dois gols em 15 partidas, mas por enfileirar assistências, passes em profundidade e ajudar propostas mais ousadas do time no ataque.

Essa diferença de estilo pesa no dia a dia. Contra o Botafogo, em vitória por 2 a 0, o protagonismo de Pereira ficou escancarado: participou diretamente da construção das jogadas, abriu opções e combinou com Kaio Jorge no lance do gol. Dá pra ver no campo que o Cruzeiro ganha fluidez quando ele está inspirado, ditando o ritmo e abrindo o leque de alternativas.

Alternativas táticas e os desafios para Ancelotti

O técnico Davide Ancelotti está diante de um quebra-cabeça que todo treinador gostaria de ter: sobra de talento. Não dá pra esquecer Kaio Jorge, que aproveita qualquer brecha e vem fazendo gols importantes. O rumo tático da equipe depende desse trio – e de como o comandante consegue escalar sem perder equilíbrio.

O caminho mais prático até agora tem sido rodar o elenco de acordo com o adversário. Em jogos que exigem mais imposição física e presença de área, Gabigol costuma começar. Quando a necessidade é de criatividade e troca de passes rápidos, Pereira vira titular absoluto, funcionando por dentro e pelos lados. Não faltam quem defenda o encaixe dos dois juntos, mas isso exige um setor defensivo atento para cobrir possíveis buracos deixados atrás.

A verdade é que esse tipo de disputa sana possíveis apagões ao longo do campeonato. O Cruzeiro, líder da Série A, ganha em profundidade de elenco e flexibilidade nas escolhas. O banco tem poder de fogo e isso garante que, independente do adversário, a equipe siga forte tanto em jogos do Brasileirão quanto na Copa Sul-Americana. Para o torcedor, não há tempo ruim quando se olha para o banco e vê Gabigol e Pereira prontos para decidir o jogo.