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Chapecoense vence Goiás por 3 a 1 e retorna ao G4 da Série B

Chapecoense vence Goiás por 3 a 1 e retorna ao G4 da Série B nov, 11 2025

Na noite de domingo, 19 de outubro de 2025, o Chapecoense voltou a respirar aliviado no Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia. Derrotando o Goiás por 3 a 1 em jogo válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro Série BGoiânia, a equipe catarinense retomou o G4 da competição com 54 pontos, enquanto o time goiano viu suas chances de acesso à Série A se esvairem. O gol de pênalti de Walter Clar aos 3 minutos abriu o caminho — e o clima — da partida. Não foi sorte. Foi determinação. A Chapecoense, que não perdia desde o dia 1º de outubro, jogou como se soubesse que cada minuto contava. E o Goiás? Parecia cansado antes mesmo do apito inicial.

Um pênalti, um golaço e um contra-ataque que matou o sonho

O jogo começou com um estouro. Everton, pela direita, foi derrubado dentro da área por Lucas Ribeiro. A arbitragem não hesitou. Walter Clar, o artilheiro que voltou ao time após uma lesão, cobrou com frieza. Tadeu, goleiro do Goiás, se jogou, mas o chute foi rasteiro, preciso, quase irônico. A Chapecoense estava à frente. E não parou. Aos seis minutos, Clar tentou de novo, de esquerda, e obrigou uma defesa espetacular de Tadeu. O Goiás, por sua vez, dominava a bola — mas não o jogo. Sem criatividade, sem perigo real. A defesa da Chapecoense, com o capitão Bruno Leonardo de volta após suspensão, estava impenetrável. "Eles não nos deixaram respirar", disse um jogador goiano ao intervalo, segundo relatos da transmissão ao vivo.

Segundo tempo: a virada que não veio

O segundo tempo começou com o Goiás tentando pressionar. Mas foi a Chapecoense quem voltou com fome. Aos 52 minutos, Marcinho recebeu na intermediária, driblou dois marcadores e finalizou com categoria: golaço, como chamou a torcida no estádio. O placar subiu para 2 a 0. O Goiás reagiu. Aos 69, Anselmo Ramon aproveitou um erro de marcação e descontou. Por um instante, o estádio respirou. Mas a emoção durou pouco. Aos 87, em um contra-ataque perfeito, Italo recebeu na ponta, acelerou, e finalizou com precisão. Fim de jogo. 3 a 1. A celebração da Chapecoense foi contida, mas intensa. Não era só vitória. Era sobrevivência. Era acesso.

Desfalques, estreias e o peso da pressão

A Chapecoense entrou em campo sem dois volantes importantes: Pedro Martins e Davi, suspensos. Mas contou com o retorno de Bruno Leonardo e Marcinho, que deram estabilidade e agressividade. O técnico Gilmar Dalposo fez a lição de casa. Já o Goiás, sob comando de Fábio Carille em sua estreia, não conseguiu reverter a má fase. O treinador, ex-São Paulo e ex-Corinthians, chegou com promessas de mudança. Mas o time continuou sem identidade. A substituição de Diego Caito por Guilherme Baldória aos 55 minutos não alterou o fluxo. A entrada de Welliton e Jean Carlos Alves Ferreira foi tímida demais. O Goiás perdeu a alma.

Quem vence, entra no G4. Quem perde, se afasta

Quem vence, entra no G4. Quem perde, se afasta

Antes da partida, o Goiás tinha 52 pontos — mesmo número da Chapecoense. Mas com saldo de gols pior. A vitória mudou tudo. A Chapecoense saltou para o 4º lugar, com 16 vitórias, 6 empates e 11 derrotas. O Goiás caiu para o 5º, com 14 vitórias, 10 empates e 9 derrotas. Com apenas cinco rodadas restantes, a diferença de dois pontos é quase insuperável. "Quem vence, entra no G4. Quem perde, se afasta", disse o comentarista do Esporte Goiano durante a transmissão. E foi exatamente isso que aconteceu.

Transmissão livre e o poder do torcedor

O jogo foi transmitido gratuitamente pelo Desimpedidos no YouTube, Twitch, Samsung TV Plus, TCL Channel, LG Channel e Roku TV Brasil. Uma iniciativa rara no futebol brasileiro. Sem pay-per-view. Sem bloqueios. Apenas futebol, como deveria ser. Milhares de torcedores da Chapecoense, em todos os estados, assistiram em casa. E celebraram. "Isso aqui não é só um jogo. É esperança", disse um torcedor em Goiânia, com camisa da Chapecoense, enquanto o estádio esvaziava.

Próximos passos: a reta final da Série B

Próximos passos: a reta final da Série B

A Chapecoense enfrenta o Ceará na próxima rodada, fora de casa. O Goiás joga contra o Criciúma, em casa. Ambos precisam vencer — mas só um ainda acredita que o acesso é possível. A Chapecoense, com quatro jogos sem perder, tem momentum. O Goiás, com cinco sem vencer, tem desespero. O técnico Fábio Carille terá que encontrar respostas — e rápido. Senão, o fim da temporada será um pesadelo.

Frequently Asked Questions

Como a Chapecoense conseguiu voltar ao G4 após quase cair na tabela?

A Chapecoense recuperou o ritmo com quatro jogos sem perder, incluindo três vitórias consecutivas antes do jogo contra o Goiás. A defesa mais organizada, o retorno de Marcinho e Bruno Leonardo, e a eficiência ofensiva — com Walter Clar e Italo marcando nos momentos-chave — foram decisivos. O time jogou com inteligência tática, aproveitando contra-ataques e mantendo a posse de bola em momentos críticos.

Por que o Goiás não conseguiu reagir mesmo com a estreia de Fábio Carille?

Fábio Carille chegou com um plano, mas o time estava psicologicamente abalado após cinco jogos sem vencer. A falta de criatividade no meio-campo, a ausência de um jogador que pudesse decidir em jogadas individuais e a pressão da torcida pesaram. Além disso, a Chapecoense não deu espaço. O Goiás tentou jogar no ritmo da equipe catarinense — e perdeu a identidade.

Quais jogadores foram fundamentais na vitória da Chapecoense?

Walter Clar abriu o placar com um pênalti seguro e criou perigo constantemente. Marcinho, de volta após suspensão, marcou o gol que parecia definir o jogo e liderou o ataque. Italo, aos 87 minutos, fechou o placar com um contra-ataque impecável. Na defesa, Bruno Leonardo foi o pilar, com 11 desarmes e 7 marcações certas, segundo dados da ESPN Brasil.

O que essa vitória significa para a Chapecoense após o trágico acidente de 2016?

Para muitos, é mais que acesso à Série A. É reconstrução. A Chapecoense, que sobreviveu ao desastre aéreo que matou 71 pessoas, tem sido um símbolo de resiliência. Voltar ao G4 da Série B, com um time jovem e motivado, reforça a ideia de que o clube não só sobreviveu — está voltando a sonhar alto. A torcida, que lotou o estádio mesmo fora de casa, gritou como se estivesse em casa.

A transmissão gratuita do Desimpedidos mudou algo no futebol brasileiro?

Sim. Pela primeira vez em anos, uma rodada inteira da Série B foi transmitida livremente, sem bloqueios e com qualidade técnica. Isso aumentou o público em 40% nas redes sociais, segundo o próprio canal. Torcedores de times pequenos, que não têm acesso a TV paga, puderam acompanhar. É um modelo que pode pressionar a CBF a repensar os direitos de transmissão — e tornar o futebol mais democrático.

O Goiás ainda tem chance de subir para a Série A?

Matematicamente, sim. Mas é quase impossível. O Goiás está a quatro pontos da 4ª colocação e precisa vencer seus últimos cinco jogos, enquanto a Chapecoense só precisa de um empate em dois deles. Com a diferença de saldo de gols e o momento de forma, as probabilidades estão abaixo de 5%. A torcida já começa a pensar na próxima temporada — e no que precisa mudar.

19 Comentários

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    Caio Nascimento

    novembro 13, 2025 AT 08:04

    Essa vitória foi pura técnica, disciplina e coração. Walter Clar não só cobrou o pênalti... ele entrou no jogo como um relógio suíço. E Italo? Essa finalização? Pura arte. A defesa? Impecável. Bruno Leonardo voltou como um general. Nada foi por acaso. Tudo foi planejado. E o Goiás? Parecia que já tinha perdido antes do primeiro chute. Parabéns, Chapecoense. Vocês merecem cada centímetro desse G4.

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    Jailma Andrade

    novembro 13, 2025 AT 19:26

    Isso aqui é mais que futebol. É história. A Chapecoense não só voltou, ela se reinventou. Sem luxos, sem patrocínios gigantes, sem TV paga. Só garotos que amam o clube. E torcedores que nunca desistiram. O que aconteceu hoje não é sorte. É justiça. E se alguém ainda duvida do poder do esporte como força de transformação, que olhe para esse time.

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    Leandro Fialho

    novembro 14, 2025 AT 13:22

    Mano, eu tava na rua quando vi o gol do Italo... corri pra casa e gritei como se tivesse perdido a carteira e achado de novo. A galera daqui de Curitiba tá em festa! O time tá com uma energia que nem o técnico entende. Gilmar Dalposo tá fazendo magia. E o pior? Ainda tem cinco jogos. Aí que o negócio vai ficar quente. Vamo que vamo, Chapecoense!

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    Eduardo Mallmann

    novembro 16, 2025 AT 02:11

    Essa vitória é uma demonstração matemática da eficiência tática sobre o caos organizacional. O Goiás, sob Fábio Carille, demonstrou uma falha estrutural na transição defensiva-oftensiva, enquanto a Chapecoense operou com uma matriz de pressão alta e recuperação de bola em zonas 3 e 4, conforme os parâmetros de análise de xG da Opta. O pênalti foi um desdobramento lógico da pressão constante. O gol de Marcinho? Uma aplicação pura do conceito de espaços vazios. Não há milagres. Há apenas algoritmos bem executados.

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    Timothy Gill

    novembro 16, 2025 AT 20:15
    O Goiás tá acabado. Ponto. Sem identidade. Sem alma. Sem nada. A Chapecoense tá viva. E isso é tudo que importa
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    David Costa

    novembro 18, 2025 AT 17:34

    Quando eu era garoto, meu pai me levava ao estádio em 1998, quando a Chapecoense ainda jogava na Série C. Lembro do cheiro de pipoca queimada, do som do gongo, da torcida que cantava mesmo quando perdíamos por 5 a 0. Hoje, 27 anos depois, vejo o mesmo time, com o mesmo coração, mas com um nome que ecoa em todo o Brasil. Essa vitória não é só sobre acesso. É sobre memória. É sobre quem você é, mesmo quando o mundo esquece. E o Goiás? Eles têm estádios novos, mas não têm alma. E isso não se compra.

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    Willian de Andrade

    novembro 19, 2025 AT 06:13
    itano foi o cara mesmo kkkk o pênalti foi lindo e o gol dele no final? me deu arrepios. parabens chapecoense
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    Thiago Silva

    novembro 19, 2025 AT 19:41

    Eu tava com o coração na mão quando o Anselmo descontou... pensei que ia dar tudo errado. Mas aí veio o Italo. E foi como se o tempo parasse. Essa equipe não joga pra ganhar... ela joga pra não desistir. E isso é mais forte que qualquer técnico, qualquer contrato, qualquer pressão. Parabéns, meninos. Vocês são o que o futebol deveria ser.

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    Sandra Blanco

    novembro 19, 2025 AT 20:26

    Isso é errado. O Goiás é um time tradicional. Eles mereciam mais respeito. A Chapecoense só tá aqui por causa da empatia. O futebol não é um reality show.

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    Willian Paixão

    novembro 20, 2025 AT 18:10

    Se você tá torcendo contra a Chapecoense, talvez você não entenda o que isso significa. Esse time não é só um clube. É um símbolo. Eles perderam tudo. E ainda assim, voltaram. Sem reclamar. Sem pedir favores. Só jogando. E hoje, eles mostraram que o coração vale mais que o saldo de gols. Não é só acesso. É respeito. Eles merecem. Tudo isso.

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    Bruna Oliveira

    novembro 22, 2025 AT 08:49

    Essa vitória é um manifesto contra o capitalismo no futebol. O Goiás tem patrocínios, estrutura, mídia. A Chapecoense tem um estádio que parece um galpão e uma torcida que canta de graça. O que aconteceu hoje? O espírito venceu a máquina. E isso? É poesia. É arte. É o que o futebol perdeu. E agora? O que você vai fazer? Vai assistir? Ou vai continuar comprando pacotes de TV paga?

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    Rayane Martins

    novembro 23, 2025 AT 12:33

    Se o Goiás não melhorar a defesa, vai cair para a Série C. Ponto. Eles não têm criatividade, não têm liderança, não têm coragem. O técnico tá perdido. A Chapecoense tá no caminho certo. Não é sorte. É trabalho. E isso não é debatível.

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    gustavo oliveira

    novembro 24, 2025 AT 07:40

    Eu tô em São Paulo, mas hoje fui ao estádio de Goiânia na cabeça. A torcida da Chapecoense tá em todo lugar. E o desimpedidos? Genial. Porque futebol é pra todo mundo. Não pra quem pode pagar. Parabéns a todos que fizeram isso acontecer. E ao Italo? Você é o herói do dia. Sem dúvida.

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    Rafael Pereira

    novembro 24, 2025 AT 17:34

    Eu treino garotos de 12 anos aqui no interior. Hoje, no treino, falei: ‘Olha o que a Chapecoense fez. Eles não tinham nada. Mas nunca desistiram. Eles jogaram com a cabeça e com o peito. Vocês vão fazer o mesmo. Não importa se vocês são pequenos. Importa se vocês têm coragem.’ Eles ficaram em silêncio. Depois, um garoto disse: ‘Vamos vencer o campeonato, técnico.’ Acho que hoje foi mais que um jogo. Foi um ensinamento.

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    Naira Guerra

    novembro 26, 2025 AT 06:50

    Essa transmissão gratuita foi uma aberração. A CBF deveria estar cobrando. Isso desvaloriza o esporte. A Chapecoense merece apoio, mas não por isso. O futebol tem regras. E elas existem por um motivo.

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    Francini Rodríguez Hernández

    novembro 26, 2025 AT 17:17

    ai meu deus eu chorei quando o italo fez o gol kkkkkk eu to aqui em belém e tava com a minha mãe assistindo e a gente gritou tanto que o vizinho veio ver oq tava acontecendo hahaha parabens chapecoense vcs são feras mesmo

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    Manuel Silva

    novembro 28, 2025 AT 06:56

    Walter Clar tá com 18 gols agora, né? E ele voltou da lesão só 3 jogos atrás. Isso é um milagre de recuperação. E o Italo? Ele é um jogador que ninguém conhecia. Agora tá na boca de todos. Acha que o Palmeiras não tá olhando? Acha que o Corinthians não tá no WhatsApp do agente? Esse time tá sendo visto. E não é por acaso.

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    Flávia Martins

    novembro 29, 2025 AT 11:37

    tem alguem q sabe se o marcinho vai continuar na proxima rodada? pq ele ta com amarelo e se for suspenso...

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    José Vitor Juninho

    novembro 30, 2025 AT 06:23

    Eu vi o jogo. E vi o que ninguém mais viu. O Goiás não perdeu por causa da Chapecoense. Eles perderam por causa de si mesmos. A pressão, o medo, a falta de identidade. A Chapecoense não fez nada de extraordinário. Só fez o que deveria fazer. Jogar futebol. Sem drama. Sem teatro. Sem desculpas. E isso, meu amigo, é o que realmente assusta. Porque é simples. E é difícil. E só os verdadeiros conseguem.

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