Alan Patrick decide e Inter vence Ceará no Beira-Rio, se afasta do rebaixamento

No domingo, 20 de julho de 2025, às 11h da manhã, o Sport Club Internacional bateu o Ceará Sporting Club por 1 a 0 no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, e respirou aliviado na luta contra o rebaixamento. O único gol da partida, decisivo e emocional, foi marcado por Alan Patrick dos Santos, capitão e camisa 10 do Inter, aos 22 minutos do primeiro tempo. O gol veio de uma jogada elegante: Bruno Henrique Souza da Silva roubou a bola no meio-campo, passou para Rafael Borré, que cortou o zagueiro e rolou para Alan Patrick, que finalizou de primeira, sem dar tempo ao goleiro. A torcida, que lotou o Gigante da Beira-Rio com 31.257 torcedores, explodiu em comemoração. Era a segunda vitória consecutiva do Inter no Campeonato Brasileiro Série A 2025, e o suficiente para afastar o time da zona de rebaixamento — mesmo com 17 pontos, ele agora está um passo à frente do Ceará, que segue com 18 pontos, mas em situação mais frágil.

Alan Patrick: o coração que acende o Inter

Ninguém duvida mais: quando Alan Patrick está em alta, o Inter vira outro time. O jogador de 32 anos, que chegou ao clube em 2021 como um nome discreto, virou referência tática e emocional. Segundo o Gazeta Esportiva, ele já criou 16 grandes chances e deu 93 passes decisivos nesta temporada, com uma taxa de conversão de 64% em chances claras. Em 26 jogos, participou diretamente de 22 gols — 10 marcados, 12 assistidos. Contra o Ceará, foi o único que manteve o ritmo. Nos primeiros 16 minutos, ele foi responsável por todos os lances de perigo: passou para Aguirre, que acertou o travessão; depois, serviu Borré, que foi bloqueado pelo goleiro Bruno Ferreira de Souza. "O principal responsável por isso foi Alan Patrick", disse o jornalista da Globo Esporte. "Ele estava ligado, comandava o jogo, e quando ele toca na bola, o time respira."

Após o gol, o Inter desacelerou — e isso preocupa

O gol foi um sinal de vida, mas não de controle. Na segunda metade, o Inter perdeu intensidade. A pressão na saída do Ceará desapareceu. Borré teve uma chance clara logo aos 46 minutos, mas chutou para fora após passe de Alan Patrick. O meia tentou cobrar uma falta direta, mas o goleiro do Ceará fez boa defesa. "Depois do gol, o Inter não conseguiu manter a intensidade da primeira metade", observou o repórter da ESPN Brasil. "Ficou muito dependente de Alan Patrick. E não dá para contar só com um jogador para decidir tudo." O técnico Roger Machado da Silva, de 50 anos, admitiu após o jogo: "Tivemos momentos de grande qualidade, mas também de insegurança. Precisamos ser mais constantes. Não podemos jogar bem só por 45 minutos e depois desligar."

O Ceará: queda de rendimento e crise de confiança

O Ceará, comandado por Lisca Doido desde março, vinha de três jogos sem perder — mas agora perdeu dois seguidos. O time não criou nada de relevante no ataque, e sua defesa, que antes parecia organizada, vacilou na marcação. O zagueiro Diego Silva, titular, foi o mais criticado: errou duas entradas decisivas e não acompanhou Borré na jogada do gol. "Estamos vivendo um momento de desequilíbrio", disse o técnico Lisca Doido após o apito final. "A equipe está cansada mentalmente. A pressão da tabela está pesando." O Ceará ainda tem 18 pontos, mas está na 11ª posição por critérios de desempate — e o time de trás, o Inter, está com o mesmo número, mas com melhor saldo de gols. O que antes era uma vantagem, agora virou uma ameaça.

Próximos desafios: o Inter na mira da Copa e do G-6

O Inter tem uma janela de ouro. Com a vitória sobre o Ceará, o time ganhou impulso e agora encara o Santos Futebol Clube no Vila Belmiro, em 23 de julho de 2025, às 21h30. Depois, enfrenta o Clube de Regatas Vasco da Gama no Estádio São Januário, em 27 de julho. E, no dia 30 de julho, entra na Copa do Brasil contra o Fluminense. "Esses jogos definem se o Inter vai ser protagonista ou apenas espectador", disse o analista do canal Seguem o Fio. "Alan Patrick está em forma, mas o time precisa de consistência."

Por que isso importa?

O Inter não é mais um time de rebaixamento. É um time que pode lutar por vaga na Libertadores. Ainda está a 10 pontos do 6º lugar, mas com a sequência de vitórias, o caminho está aberto. O Ceará, por outro lado, está em crise. Se perder para o Mirassol e o Cruzeiro, pode cair para a 14ª posição. A diferença entre estar no meio da tabela e na zona de rebaixamento é mínima — e a pressão é brutal.